Evento discute a socialização e a integração de alunos com necessidades especiais educacionais


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Wilyane Almeida, 24, é aluna destaque do curso de Serviço Social da FAT. Ela teve paralisia cerebral ao nascer e, mesmo sem o movimento das pernas, mantém uma rotina focada nos estudos. “Não gosto de faltar aula e pretendo fazer concurso público. Sou muito grata à FAT por ter acreditado no meu potencial, o que me ajudou a ter mais autoconfiança e não desistir dos meus sonhos”, disse ela, que foi uma das participantes da Semana da Inclusão – Cidadania, Diversidade e Equidade, evento realizado pela Escola Cecília Meireles, em parceria com a FAT, no período de 20 a 22 de setembro.

A estudante pratica a Equoterapia, método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar. Ela foi um dos exemplos de sucesso apresentados pela Psicóloga e Presidente da Associação de Equoterapia de Alagoas, Clarice Macedo, durante a palestra. “Para a pessoa com deficiência, a família é essencial. Quando a família é presente, o resultado é muito positivo. É preciso aceitar para, então, lutar pelos direitos. Afinal, grandes realizações são possíveis quando se dá a importância aos pequenos começos”, explicou a palestrante, ao citar o caso de Wilyane, que teve o apoio da família desde o início do tratamento.

“Sediar esse evento reafirma o compromisso da FAT com a inclusão”, salienta Juliana Omena, coordenadora do curso de Psicologia e Diretora de Ensino da Unidade Barro Duro, ao destacar, ainda, o desempenho dos paratletas da instituição nos jogos e em sala de aula. Um bom exemplo é Marcos Chaves, aluno do curso de Direito. Recentemente, ele trouxe para Alagoas duas medalhas de bronze, nos 200 metros rasos e no salto em distância, e uma de prata, nos 100 metros rasos, resultado de seu desempenho nas Paralimpíadas Universitárias 2019. Ele e Alexandre Junior, tricampeão brasileiro na Natação Paralímpica e, também, aluno do curso de Direito, contaram detalhes sobre a rotina de uma vida dedicada ao esporte e aos estudos. “Nós que temos alguma deficiência nos superamos a cada dia, e a faculdade faz parte dessa superação”, destaca Junior.

Magna Melo é especialista em deficiência intelectual, auditiva e visual, e palestrou sobre “A Inclusão em Sala de Aula”. Segundo ela, o ato de incluir é necessário. “A adaptação curricular para pessoas com necessidades especiais é essencial para a inclusão em sala de aula. Precisamos focar nas habilidades e não na deficiência” ressalta. Um tema de grande importância para Leonardo Lins, 22, que nasceu sem os quatro dedos devido a uma má formação congênita. “Outras instituições também precisam adotar essa cultura da inclusão, da empatia, de se colocar no lugar do outro… Fui vítima de preconceito ao decorrer da minha vida escolar, mas me fortaleci com o apoio da família. Hoje faço parte do Comitê de Sustentabilidade da empresa onde trabalho e sou um multiplicador dessas ações”, conta ele, que é assistente de vendas de uma rede de lojas de materiais de construção, acabamento, decoração, jardinagem e bricolagem.

Arte

 

O primeiro dia do evento foi marcado pela apresentação do Ballet Inclusivo da Associação Pestalozzi, com a interpretação, em libras, do hino da inclusão. Logo depois, foi a vez do Centro de Valorização da Vida (CVV), por meio da voluntária Delza Gitaí, que é médica e mestre em ciências biológicas, alertar sobre a necessidade de falar sobre o suicídio, desde os sintomas ao ato, a fim de evitar o aumento do número de casos.

Sammy Siqueira, que tem Síndrome de Down, foi convidado a expor suas obras no evento, resultado de quatro anos dedicados a essa arte. “É uma grande honra poder mostrar um pouco do meu trabalho”, agradeceu ele. “Não é apenas incluir, é saber trabalhar, é buscar conhecer e entender esse ser humano”, destaca Marluce Carvalho, diretora da Escola Cecília Meireles.

Ao longo do evento, também foram discutidos temas como Adaptação Curricular, Musicalização como Recurso Terapêutico, Transtorno Opositor Desafiador, Depressão na Infância e as Implicações na Aprendizagem, e Libras como Disciplina Obrigatória nas Séries Iniciais foram alguns dos temas discutidos durante o evento.

 

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