FAT sedia Networking em Dependência Química e fortalece discussões sobre o tema
Estudantes de diversas instituições de ensino superior de Alagoas participaram, nos dias 24 e 25 de maio, no auditório da FAT Barro Duro, do Networking em Dependência Química, evento idealizado pelo Instituto Drogas Nunca que reuniu palestrantes de diversos segmentos a fim de discutir assuntos relacionados ao tema. “Precisamos envolver a sociedade nessas discussões. É a união que faz a diferença para mudarmos esse quadro”, destacou Mario Cesar Jucá, diretor-geral da FAT, ao receber uma homenagem do Instituto por abrir as portas para a realização do evento.
“Quando recebemos esse apoio no campo acadêmico ganhamos amplitude. Afinal, precisamos alcançar o público acadêmico e desmitificar o assunto da dependência química”, agradeceu Jefferson Góes, presidente do Drogas Nunca, ao alertar que Maceió é a 4ª capital mais violenta do Brasil, estando 70% dos crimes ligados à dependência. Estatística que é ainda mais alarmante já que, segundo o Promotor de Justiça, Flávio Gomes da Costa Neto, que fez a palestra de abertura do evento com o tema “Crime e Dependência Química”, 60% das vítimas de assassinato estavam sob efeito de entorpecentes. “As drogas provocam violência. E é uma questão multidisciplinar: envolve as áreas da Psicologia, Direito, Serviço Social, Pedagogia, Fisioterapia… É uma questão de saúde e segurança pública”, explicou o promotor.
Liana Barros é aluna do 7º período do curso de Psicologia da FAT. Ela conta que vive a questão da dependência química na própria família e ressalta a importância de fomentar discussões como essas. “Apesar da grande aceitação social, o álcool pode causar dependência, o que afeta várias famílias, assim como a minha. Participar desse evento tem sido enriquecedor tanto para minha vida pessoal quanto para a construção da minha carreira”, pontua a futura psicóloga. Opinião compartilhada por Otniel Santos, também estudante de Psicologia. “Entender como devemos atender a esse paciente é algo que me interessa bastante”, comenta Santos.
Paulo Nascimento é mestre em Psicologia Social e professor do curso de Psicologia da FAT. Durante o evento, ele apresentou ao público um pouco da experiência em ministrar a disciplina prática de Psicologia e Dependência Química, e a importância das aulas de campo e das visitas às clínicas e às comunidades terapêuticas. “Os números são alarmantes e nos dizem que precisamos reforçar as estratégias de prevenção”, salientou o professor.
O evento contou ainda com a experiência de Gustavo Silva e Lins, e Thais Amorim Rodrigues em Gestalt-terapia, além das palestras do médico, especialista em dependência química, José Antônio Pacheco Nunes; do presidente do Espaço Terapêutico Restauração, Charles Farias; do sargento da Polícia Militar, especialista em dependência química, Novais da Hora; do presidente do Projeto Prevenir, Williams Leite; dos terapeutas Danilo Pacheco e Shirlenia Teixeira; da coordenadora técnica da clínica Misericórdia, Camila de Lima; do Policial Militar João Paulo Tenório; e um painel de autoajuda com membros dos Alcoólicos Anônimos e Narcóticos Anônimos.
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