Palestra discute os aspectos gerais do autismo e os processos inclusivos


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Carlos Henrique tem 5 anos. Ele adora instrumentos musicais e não larga o caderno de desenho. Diagnosticado com autismo, ele deu início ao tratamento e tem apresentado grandes evoluções. “Percebi que ele era altamente inteligente, hiperativo, andava nas pontas dos pés, não interagia muito com as crianças da idade dele, além da mania de ficar repetindo as palavras (ecolalia), conta a secretária executiva Daniela Vasconcelos, mãe de Carlos que faz acompanhamento com uma psicóloga, uma fonoaudióloga, além de sessões de terapia ocupacional. Ela e o filho participaram da palestra sobre “Transtorno do Espectro Autista e os Processos Inclusivos”, promovida pela FAT na última quarta-feira (29.8), em comemoração ao Dia do Psicólogo, celebrado no dia 27 de agosto.

O evento, realizado no auditório da Unidade Barro Duro, contou com a participação da neuropsicóloga Fabiana Lisboa (CRP 15/3115), que abordou os aspectos gerais do autismo, e da psicóloga Patrícia Stankowich (CRP 15/3396), que ministrou uma palestra sobre o diagnóstico, o tratamento e o processo de inclusão de portadores da síndrome, definida por alterações presentes desde idades muito precoces, caracterizada por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que existem dois milhões de autistas no Brasil. A OMS estima que transtorno do espectro autista (TEA) afete uma em cada 160 crianças no mundo.

“Conhecimento é o primeiro passo para o processo de inclusão. Por isso, reunimos alunos, professores, pais e profissionais da Saúde para tratar a temática de uma forma construtiva’’, explica Juliana Omena, diretora de ensino da FAT. “É preciso dar um diagnóstico específico. O autismo se apresenta de diversas formas e, por isso, é imprescindível um tratamento integrado com diversos profissionais’’, explicou a Fabiana Lisboa, que diagnosticou o transtorno em Davi Lucca, de 4 anos. “Ele apresenta autismo entre moderado e severo. É uma felicidade enorme ver o auditório lotado por pessoas interessadas em aprender e discutir sobre inclusão’’, salientou a professora Ana Araújo, mãe de Davi.

Interesse demonstrado, em especial, pelos estudantes, como o aluno do curso de Nutrição, Ernande Albuquerque. “Sempre tive afinidade com a temática e decidi abordar Nutrição Comportamental no meu Trabalho de Conclusão de Curso. Por isso, fiz questão de participar desse evento a fim de compreender melhor o assunto’’, explica. “A palestra enriquece a nossa formação. Ter contato com profissionais que cuidam de pacientes com autismo amplia a nossa visão com relação à nossa profissão”, complementa Márcia Barbosa, aluna do curso de Psicologia.

Logo depois de Fabiana, foi a vez de Patrícia Stankowich destacar os processos inclusivos. “Existem diversos tratamentos para que as crianças que possuem funções orgânicas comprometidas, como dificuldade de comunicação, tenham sua inclusão social e escolar efetivadas’’, destacou ela.

Educação Especial

 

Pensando nisso, a FAT abre inscrições para a pós-graduação em Educação Especial. A necessidade de qualificação profissional nesse âmbito é uma demanda atual no contexto educacional, político, econômico e social. O educador é fundamental nesse processo de educação e inclusão em que se faz necessário o domínio de alguns conhecimentos específicos para que possa atuar com a devida competência e responsabilidade. Para a neuropsicóloga, Fabiana Lisboa, que é uma das professoras da Pós, é necessário buscar especializações além da graduação a fim de atender e promover inclusão. “A rede regular de ensino não atende às necessidades das crianças com deficiência. Os profissionais precisam estar prontos para, além de atender à determinação da lei, integrar, de fato, essas crianças e as grades curriculares’’, conclui.

 

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