FAT sedia reunião entre Secretário do MEC e representantes de Instituições de Ensino Superior de Alagoas

Mais de 20 mil alunos de Ensino Superior, em Alagoas, foram diplomados de forma irregular. O alerta é do Movimento Diploma Legal, coordenado pelo estudante de Direito e empresário, João Catunda que, na última segunda-feira (7.5), esteve reunido com membros do Sindicato de Instituições de Ensino Superior de Alagoas e com o Secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do Ministério da Educação, Henrique Sartori, na sala de reuniões da FAT Barro Duro.

“Nosso objetivo, neste momento, é verificar a situação in loco, dar suporte administrativo e regulatório ao movimento e às ações do sindicato e, por meio desse levantamento, tomar as medidas cabíveis, reforçando o compromisso do MEC com a educação, sempre ao lado das instituições regulares”, explicou o Secretário, ao lembrar que, desde a instauração da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, concluída em julho de 2016, que levou o MEC  a determinar o cancelamento dos diplomas expedidos irregularmente pelas unidades de ensino superior investigadas, “muitos alunos têm procurado o MEC para denunciar irregularidades. É um esforço conjunto entre o Ministério Público Federal e os estaduais no sentido de evitar essa prática”, destaca.

Para Mário César Jucá, diretor geral da FAT,  presidente do Sindicato das IES de Alagoas, e membro titular do Conselho Estadual de Educação, “a situação é alarmante. Os alunos continuam sendo enganados, o que compromete a qualidade da educação superior no Estado e, consequentemente, a prestação de serviços ofertada por eles. Por isso, estamos unindo forças para combater essa prática e encontrar uma solução para aqueles que foram prejudicados”, salienta. “São faculdades que ofertam cursos de extensão como graduação, extrapolando o número de vagas autorizadas. Precisamos resguardar o direito desses alunos e buscar, junto ao MEC, uma solução”, explica Catunda.

Durante a reunião, que contou com representantes da Unit, Estácio, Cesmac, Facima e FAT, o presidente do Conselho Estadual de Educação, Eliel Carvalho, explicou que “o momento é de buscar ajustes. O trabalho do Conselho é fiscalizador e educativo e, acima de tudo, comprometido com a qualidade da educação”, enfatiza Carvalho.

Na manhã de terça-feira (8.5), o grupo esteve reunido no auditório do Ifal, em Palmeira dos Índios, a fim de ouvir estudantes que descobriram estar sendo lesados pelo mesmo grupo de faculdades privadas que atuavam em Pernambuco e continuam a fazer vítimas nos municípios do interior de Alagoas com a promessa de titulação superior, sem o reconhecimento do MEC. Durante a reunião, foi lançado o site diplomalegal.com.br que tem como objetivo fortalecer o movimento, sensibilizando o MEC a apresentar uma solução viável para as vítimas.

 

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